Como
sabemos no século XVIII/XI no Brasil os tropeiros eram uma das classes mais importantes
fazendo integração e prestando bons serviços.
No
interior do Piaui, São Raimundo Nonato, no tempo que era do tamanho de um
estado havia um tropeiro especial. Seu Jacó um negro velho muito sábio. Era médico,
prático, parteiro, fez serviço de padre, delegado- juiz e professor, profeta e
sanfoneiro de oito baixos.
Viajava
de sua região a Petrolina-Pernambuco, Picos-Piaui, e Remanso-Bahia. Em uma dessas
incansáveis viagens ele parou em um lugar perto de uma casinha de sapé. Justamente
na hora em que uma mulher tinha dores de parto. Ela desesperada mandou uma criança
chamar seu Jacó, pois sabia que ele fazia de tudo um pouco e bem. Seu Jacó chegou
onde a mulher se contorcia, mas não deixou a criança nascer. Segundo ele era
melhor a criança nascer em horas fechadas entre (11/45 a 13/45). Assim esse inocente
poderia não ter sorte com coisas matérias, mas seria um sábio no futuro.
Em
uma travessia estavam dois homens quase se acabando no facão, por causa de uma
abelha, que os dois diziam ser sua. Jacó teve de intervir. Perguntou quem achou
a abelha, um disse que foi ele, mas outro também achava que tinha parte porque
era perto da casa dele. Jacó sugeriu que cada um ficasse com metade do mel e
com a vida, era bem melhor que um ter de morrer. Eles pensaram um pouco e tudo
acabou bem.
Em
outra parada tinha uma festa missa de batizados casamentos, mas o padre morreu.
Para não ficar para o ao que vindouro, eles foram a Jacó para batizar e casar
os noivos. Jacó assim fez batizou e casou os eu estavam ali. Na festança seu
Jacó ainda fez bonita na sanfona de oito baixos.
Em
Simplício Mendes onde vivia um povo de origem desconhecida, hoje chamamos de marotos.
Meu povo. Jacó viu umas crianças com muita vontade de prender ler escrever. Jacó
mandou o pai delas comprar material e quando passava lá dava e recebia lição
dos meninos. Como eram esforçados logo estavam alfabetizados. Quando Jacó não
ia viagem com a tropa, eles escreviam ao mestre que respondia pelo mesmo portador,
outro tropeiro. Seu Jacó foi muito importante na vida de tropeiro. Com essas crianças
ele abriu outro mundo o do saber. Imagino que do outro lado da vida foi bem recebido,
pois fez o bem aqui. Assim foi parte da
vida de um tropeiro sábio do Piauí.
ADÃO
NHOZINHO
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