quinta-feira, 30 de julho de 2020

CACHORRO SALVOU O DONO DUAS VEZES


Remanso Bahia em 1960 ribeira do Rio São Francisco.
Morava um homem com uma história inusitada de vida, morte e favores aos animais. Certa vez José andava por uma estrada e ouviu um ganido de um cachorro filhote. Foi ver o que era e tinha três cachorrinhos em um oco de pau dois mortos e um ainda vivo. José ficou com o coração partido.
Mas levou o cachorrinho para casa e conseguiu salvá-lo. O cãozinho era perdigueiro pintadinho. Cresceu sendo um ótimo caçador. José estava pescando e o barco virou ele mesmo sabendo nadar, estava se afogando, o perdigueiro salvou. Coisa que José ficou amando ainda mais seu pintado como era chamado.
José teve um caso de desilusão em família e resolveu tirar a própria vida. Pegou uma corda e seguiu para o mato. O Pintado o acompanhou. Até parecia que adivinhava o que tinha a intenção seu dono. Chegando ao pé da árvore José pensou um pouco fez carinho em pintado e quando ia subir na árvore o cachorro pegou a corda e saiu correndo.
Nunca mais alguém viu a corda. José ficou impressionado com a atitude do seu melhor amigo, que já havia salvado a vida dele.
Voltou para casa pegou um saco e saiu pelo mudo com o cachorro foi morrer no sudeste do Piauí de morte natural. O perdigueiro ficou na cova de José até morrer de fome e sede, mas nunca largou quem lhe salvou a vida, quando um coração duro, jogou o filhote com dois irmãos para morrerem. Essa história ficou falada na região de Remanso Bahia. O cachorro que foi salvo pelo José que salvou seu dono da morte por duas vezes. Era comum gente matar filhotes de cachorro no sertão nordestino.

ADAM NHOZINHO

terça-feira, 28 de julho de 2020

ALMA DE TROPEIRO AJUDA CHOFER.

1959/60 em Afrânio Pernambuco a Juazeiro do Norte Ceará. João Ribeiro era motorista de um caminhão Chevrolet dos primeiros a rodar pelo serão nordestino. Transportavam de tudo, coisas do sertão para cidade e vice versa. As estradas eram precárias e quando chovia o chofer sofria com o caminhão atolado e sem socorro dependendo do lugar.

João viajava sem ajudante por economia, contratava gente onde descarregava, mas andava sozinho. Certa vez no tempo de chuva, o caminhão ficou atolado às 2h da madrugada, no escuro e sozinho; ali perto de Afrânio sentido a Juazeiro Ceará. João ficou sem ação era impossível sair daquele atoleiro sem ajuda.

Mas como era um homem religioso apelou para o céu e foi socorrido. Enquanto chovia ele comia rapadura com farofa e pensando em Deus. Logo viu um vulto no escuro, mas não conseguia ver quem poderia ser. Teve medo, mas confiou em Deus. O vulto perguntou o que tinha acontecido ele explicou que o caminhão estava atolado e sozinho  no escuro  chovendo era impossível sair dali.

A figura quase invisível mandou João acelerar que ele empurrava o caminhão. O chofer ficou a principio achando que não conseguia sozinho empurrar um caminhão carregado, mas obedeceu. O caminhão berrou e foi soltando da lama até sair fora com segurança. João ficou feliz da vida com o milagre só podia ser. Quis pagar pelo serviço, mas o vulto não recebeu. Porém, recomendou que quando João passasse por uma casinha na beira da estrada dessa uma ajuda a uma mulher viúva que la viva com filhos famintos.

Quando João Ribeiro chegou à morada chamou pela mulher ela o atendeu. Ele disse do acontecido e entregou o dinheiro, mas a mulher ficou perplexa. Contou a João que o marido dela foi um tropeiro que morreu naquela estrada. E foi achado morto por outro tropeiro de Afrânio Pernambuco  no rancho. E um filho de dez anos chorando sem saber o que fazia. Esse tropeiro era pai de João que nem sabia do ocorrido, pois o pai já tinha morrido. João deu um dinheiro e rapadura à mulher e seguiu viagem, com mais fé ainda no desconhecido. E uma lição: não duvidar é senha.

 

ADAM NHOZINHO


quarta-feira, 8 de julho de 2020

SANFONEIRO BILOCAÇÃO.

Até pelo menos nos anos 1960, pouca gente dos sanfoneiros, tinham sanfona piano de teclas. Só quando voltavam de São Paulo ao Piauí Dom Inocêncio no interior. O povo do riacho Itacoatiara iam festas em Mata Masto, Milhã, Varjota, Pindoba e região. Em Varjota morava Nezin Gato que certa vez chegou de São Paulo com uma sanfona Italiana SACANDALLI VERMELHA nova e tocando Festa na Roça, um Arrasta-pé de Mario Zan fazendo o maior sucesso. Os colegas de Contador ficavam com a maior inveja tanto da sanfona quanto da puxada de Nezim Gato.
Mas o fantástico foi um ocorrido certa vez. Tinha uma festa em Varjota e outra em Mata Pasto na mesma noite. Nezim tocou as duas festas ao mesmo tempo. Esse fenômeno se chama bilocação. Alguns acham que é pacto diabólico. Sabemos histórias de padre que realizaram essa bilocação está ao mesmo tempo em dois lugares.
Ele não tocava em minha região, apenas do outro lado, do riacho Itacoatiara,São Romão. Hoje Capitão Gervásio Oliveira.

ADAM NHOZINHO

sexta-feira, 3 de julho de 2020

Não rasco nota de mil reais.

Como disse uma parenta minha próxima de Petrolina: “fico triste com o Brasil de hoje. As novas gerações”. Em história ensinam coisas inverídicas, universidades, as maiores, estão pesteadas de ideologias falidas. Escritores e poetas poucos se salvam. Os cantores são uma lástima. Salve os forrozeiros que tocam sanfona verso repentistas, violeiros. Hoje vejo muitos que se dizem doutores em Howard, Universidade de Cambridgeque só foram no mínimo ouvintes. Um é Ciro Gomes. Até eu um Mané Adam Nhozinho poderia dizer que fiz USP. Mas só fui ouvinte e muito aprendi mesmo com professores esquerdistas.

Vejo uns jornalistas  (USP-ECA) x Folha de São  Paulo que pensam e tem certeza de que pegaram Deus no ato da criação ou Big Bang. Menos amigos, pois pode haver gente sábia no meio do povão. Com isso não quero fazer com um ex-presidiário, ex-presidente que fazia apologia ao estudo. Sou simpático e admiro quem estudou, mas aprendeu. Quem fala mal de Bolsonaro, será  que quer a volta do (PT, PSDB, MDB) entre outros? Não! Não, não.

 

ADAM NHOZINHO