sexta-feira, 20 de abril de 2018

LADRÃO CURA QUE TEM FÉ PURA.


Em um lugarejo, interior de São Paulo, nos anos 1960.
Um fato curioso aconteceu no campo da fé pura. Um menino nasceu com uma paralisia nas pernas. Era muito inteligente, mas ficava triste, por não poder brincar com seus amiguinhos. Sua mãe, uma mulher de fé, rezava com ele toda noite. Dizia sua mãe, ao filho, que Jesus muito bom um dia viria curar sua enfermidade.
O menino aprendeu rezar, pergunta a mãe, como era o jeito físico de Jesus. A mãe descreve-o: “como um homen de barba grande roupa humilde, mas muito bom”.
O menino que ouvia àquilo ficou com a imagem de Jesus e muita fé no coração. Em uma boca da noite, sua mãe foi pegar água no ribeirão; foi só ela sair chega um homem com as características, do Jesus que a mãe do menino falou. Quando o menino deitado em uma rede, viu aquele homem foi tanta sua emoção, que deu um pulo e suas pernas ficaram boas na hora.
Correu abraçou e beijou o homem desconhecido. E foi falando: “que bom, bem que minha mãe falou que o senhor viria me curar, estou bom, pode dormir aqui deixe minha mãe chegar para fazer uma comida, sei que deve está com fome, disse o menino”.
O homem com àquele abraço e beijo inocente, foi se afastando como uma visão, nesse momento seu remorso foi profundo, ele sabia que não era Jesus; contudo, curou àquele menino de fé. Após esse ocorrido, o homem deixou à vida de ladrão que sempre levou, e foi estudar em um seminário virou, ordenou-se padre. O menino ficou homem, casou como o mesmo padre ex- ladrão que o curou.
Dizia minha avó quem tem fé pura e não faz mal a ninguém, pode merecer um milagre. Assim pensa, este pequeno rabiscador de word.

NHOZINHO XV.

quinta-feira, 19 de abril de 2018

BOIS AMAVAM SUA CARREIRA.


Um velho carreiro, já cansando de carrear, para sua filha pasou a direção da boiada. Foram anos ela carreando com um ajudante. Quando ela não podia carrear, bastava dar ordem que os bois obedeciam a outro peão. Como naquele tempo, moças e rapazes casavam jovens, ela casou com seu peão, um rapazinho que apareceu na fazenda sem pai nem mãe. Ela ficou sendo mãe, pai e mulher do Peão.
Mas os bois só a ela obedeciam. Mesmo seu marido e ajudante, eles não saiam do lugar. Era precisa ela sair na janela e dizer vão: “Turino e Pintado, Pretão e pé-duro”.
Foram muitos anos, nessa lida carreira tirando café e leite, do sertão para cidade. Ela já quase não trabalhava com a boiada de quatro bois. Mas à saída era ela quem dava.
Certo dia ela caiu morta e os bois sem sua ordem, a levaram ao campo santo, em passos lentos como quem choravam. Seu marido e vizinhos ficaram admirados, como os bois sem ouvir a voz da sua dona, transportaram seu corpo ao cemitério. Mas após aquele dia fatídico, eles se revoltaram, não obedeciam mais a ninguém e sumiram pelos campos, morrem um a um, de tanto desgosto...


NHOZINHO XV.