Sou contra
datas que são mais comerciais. Mas duas, penso um pouco no seu significado, dia
das mães e finados. Não preciso explicar porque. Hoje gostei de uma crônica de
Ruth Manus, caderno 2, do Estadão. Ela falava de sua mãe a comparando uma
árvore.
Só acho que a árvore dela era de lugar que chove, portanto, esta árvore
não sofre como as árvores do sertão. Lembrei de minha mãe que pode ser
comparada a uma Aroeira do Piauí. Ficou sem pai criança, sua mãe teve de dar
alguns filhos para não morrer de fome.
Viúva, antes do governo militar, não
tinha aposentadoria. A mãe de minha mãe casou as filhas novinhas para estas ter
um certo conforto. Minha mãe tentou viver com um sujeito por 4 anos. Não deu. Teve
de largá-lo.
Como ainda jovem seguiu seu caminho... teve 11 filhos sendo 8
mulheres e 3 homens. Morreram 3 meninas ficando cinco. Foi a melhor coisa de minha
mãe Aroeira, sou franco em falar: que se não fosse seus galhos femininos, a
velha árvore estava ferrada, Já teria secado.
O que tinha a falar, no dia as mães, para minha velha de 95 anos, uma Aroeira lá no sertão do Piauí.
Nhô Adão