quinta-feira, 22 de outubro de 2020

FLOR SECA, MAS SEMENTE CONTINUA.


Há flores que não geram frutos ela gerou e bem...

Como veio de duas boas árvores,

Nasceu da semente virou árvore,

Floresceu e deu dois lindos frutos.

(***)Mas os frutos do saber...

Quando árvore tinha sombra e perfume.

Jasmim e rosa vermelha.

Os pássaros amavam essa árvore com sombra,

Flores e perfume raro.

Como tudo na vida não são só flores,

Um dia ela deixou de perfumar a terra.

Mas em algum lugar do universo ela está,

Rindo como era marca registrada.

 

Semente, árvore, flor e fruto hoje, é Santa Bárbara.

Minha modesta homenagem à querida Bárbara Ribeiro.

 

ADAM NHOZINHO

sábado, 3 de outubro de 2020

ASSEMBLÉIA DOS MORTOS.

 

Piauí, Dom Inocêncio, Zona Raul interior.

Certa vez houve uma assembleia dos mortos para recordar e reclamar da vida terrena e da solidão. O líder era Padre Marcos, que andou muito por aquelas bandas até Ponte da Serra. Um homem que morreu no mato e lá foi enterrado foi o primeiro a falar. Disse o homem: “Já morri sem luz e Sato nas mãos porque morri no mato. Mas poderiam ter me enterrado junto com meus parentes. Fico em uma solidão terrível sozinho naquele lugar pagão”. Todos que foram enterrado em qualquer lugar reclamaram como  Padre Marcos.

O defunto sacerdote disse que achava um erro enterrar gente em qualquer lugar. Disse Padre Marcos: “O cemitério é um lugar santo. Desde a antiguidade que havia cemitérios, portanto, enterrar gente separada Isolada é paganismo”. Uma mulher que morreu no meio do sol,  com sede e fome, falou que quando é dia de finado, ela fica sem visita e oração. O que foi confirmado por todos. Padre Marcos respondeu que iria tentar fazer alguma coisa. Baixou em uma casa espírita e psicografou:

“Parem! De enterrar gente em qualquer lugar que isso é paganismo. O morto, vez oura volta onde estão seus restos mortais, e precisa de oração coletiva”. O médium poeta mandou avisar aos desta vida do absurdo que praticam: estão fazendo paganismo.

 

ADAM NHOZINHO

HONESTIDADE É COISA RARA.

 

Quando o Jornal Expresso de Portugal chegava a SP. Li uma crônica de uma escritora que gostei da honestidade dela. Não recordo o nome. Ela disse que sabia que existem coisas erradas na igreja católica. Mas como precisa muito do lado espiritual, digamos divino, não questiona...

Pouca gente tem essa honestidade seja no partido, o qual vota, ou na religião. Digo que sou católico por convenção e tradição, mas tenho meu jeito de conceber meu Deus. Não falo para ninguém como penso imagino.

Conheço gente que defendem as ideias até à morte. Queria saber se consultam o espelho da consciência.

Eu erro muito, mas reconheço quando erro e sem critério.

*Por convenção quero dizer porque fui batizado sem saber ou querer. Tradição coisa de família. Mas aceito assim mesmo com minhas divergências.

 

ADAM NHOZINHO