Gugu Liberato foi enterrado
do jeito que acho mais apropriado. Com toque de silêncio e a presença de um sacerdote
um padre negro. As palmas para mim são inconvenientes, mas é difícil segurar o
povo. Dona Maria do Céu pediu misericórdia, imagino que ela preferia silêncio.
No dia do enterro de minha
mãe pedi antes que não batessem palmas e nem tirassem fotos do corpo, caixão fomos
obedecidos. Não olhei na descida a campa. Como diz uma amiga aquele tranco do
caixão descendo é dureza...
Cremar não gosto acho que
devemos fazer como as antigos. Admiro gente que se diz evangélica e falam
cremação. Considero coisas dos ateus que os respeitos, porém, não concordo com
eles.
Sei que não vou ser enterrado
como queria com meus antepassados no Piauí e sem caixão sem roupa. Como diz uma
tia de Petrolina-PE: “onde eu morrer podem fazer o que quiserem”. Alguns costumam
dizer, principalmente, com artistas e jogadores de futebol, que após a morte esses
estão fazendo festa e jogando bola com São Pedro. Isso é de uma inocência lamentável.
Penso na morte de outra forma. Que não posso revelar a ninguém. E não sou ateu,
apenas tenho meu jeito de pensar interpretar de sentir.
ADÃO NHOZINHO