sexta-feira, 29 de novembro de 2019

ENTERRAR SEM CAIXÃO SEM ROUPA.





Gugu Liberato foi enterrado do jeito que acho mais apropriado. Com toque de silêncio e a presença de um sacerdote um padre negro. As palmas para mim são inconvenientes, mas é difícil segurar o povo. Dona Maria do Céu pediu misericórdia, imagino que ela preferia silêncio.
No dia do enterro de minha mãe pedi antes que não batessem palmas e nem tirassem fotos do corpo, caixão fomos obedecidos. Não olhei na descida a campa. Como diz uma amiga aquele tranco do caixão descendo é dureza...
Cremar não gosto acho que devemos fazer como as antigos. Admiro gente que se diz evangélica e falam cremação. Considero coisas dos ateus que os respeitos, porém, não concordo com eles.
Sei que não vou ser enterrado como queria com meus antepassados no Piauí e sem caixão sem roupa. Como diz uma tia de Petrolina-PE: “onde eu morrer podem fazer o que quiserem”. Alguns costumam dizer, principalmente, com artistas e jogadores de futebol, que após a morte esses estão fazendo festa e jogando bola com São Pedro. Isso é de uma inocência lamentável. Penso na morte de outra forma. Que não posso revelar a ninguém. E não sou ateu, apenas tenho meu jeito de pensar interpretar de sentir.

ADÃO NHOZINHO

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