domingo, 14 de maio de 2017

MINHA MÃE AROEIRA DO PIAUÍ.

Sou contra datas que são mais comerciais. Mas duas, penso um pouco no seu significado, dia das mães e finados. Não preciso explicar porque. Hoje gostei de uma crônica de Ruth Manus, caderno 2, do Estadão. Ela falava de sua mãe a comparando uma árvore. 
Só acho que a árvore dela era de lugar que chove, portanto, esta árvore não sofre como as árvores do sertão. Lembrei de minha mãe que pode ser comparada a uma Aroeira do Piauí. Ficou sem pai criança, sua mãe teve de dar alguns filhos para não morrer de fome.
 Viúva, antes do governo militar, não tinha aposentadoria. A mãe de minha mãe casou as filhas novinhas para estas ter um certo conforto. Minha mãe tentou viver com um sujeito por 4 anos. Não deu. Teve de largá-lo. 
Como ainda jovem seguiu seu caminho... teve 11 filhos sendo 8 mulheres e 3 homens. Morreram 3 meninas ficando cinco. Foi a melhor coisa de minha mãe Aroeira, sou franco em falar: que se não fosse seus galhos femininos, a velha árvore estava ferrada, Já teria secado.

O que tinha a falar, no dia as mães, para minha velha de 95 anos, uma Aroeira lá no sertão do Piauí.

Nhô Adão

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