Em
toda cidade mesmo pequena tinha de ter casas de tolerâncias. A profissão mais
antiga do mundo tinha e tem seu valor. Em São João do Piaui. Casa do Calisto
beira do riacho Piaui e no alto subindo para hoje rodoviária, tinha a casa do
Chubéu um negro feio. Ali rolava forró e cachaça. Eu menino mais gostava de
espiar as danças e chamegos. Vez ou outra a PM nos dava uma carreira.
Galeria
“Prazer na rua
Principal
Quando a noite caía, parte dos trabalhadores se recolhia com a família em seus barracos de madeira, mas a vida continuava pulsando em outros pontos da Cidade Livre, especialmente no final da rua Principal, onde ficavam os prostíbulos mais frequentados. Ali havia um conjunto de barracos brancos, dos dois lados da rua, totalizando cerca de 800 metros quadrados de boates, casas de shows e quartos de aluguel rotativo.
Quando a noite caía, parte dos trabalhadores se recolhia com a família em seus barracos de madeira, mas a vida continuava pulsando em outros pontos da Cidade Livre, especialmente no final da rua Principal, onde ficavam os prostíbulos mais frequentados. Ali havia um conjunto de barracos brancos, dos dois lados da rua, totalizando cerca de 800 metros quadrados de boates, casas de shows e quartos de aluguel rotativo.
O
principal ponto de encontro era na esquina da rua Principal, onde ficava o
ponto de ônibus do Posto Cascão. Ali, as prostitutas encontravam dois tipos de
cliente: os mais endinheirados, que as abordavam enquanto abasteciam seus
carros no posto, e os mais pobres, que voltavam do trabalho de ônibus.
Se
o dia era cansativo para os candangos que trabalhavam nos canteiros de obra, a
noite provavelmente era extenuante para as mulheres que atendiam na Rua
Principal. “Uma dessas prostitutas tornou-se lenda: Maria Tomba-Homem, assim
chamada por causa do grande número de clientes que conseguia atender numa só
noite.”
Me
pergunta Zé Felino: “Saber isso tem algum valor”? Respondo-lhe: como história e literatura sim.
ADÃO
NHOZINHO.
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