Uma
tropa grande de jumentos com Romão, e Celso, Melquiades e Albertino, Carlindo e Urbano, Raimundo Temistac
Celestino e Ângelo. Pegaram cal em Olho D’água. Saíram destino a Flores Piauí. Passaram uma semana
para chegarem a Flores. Mas não conseguiram vende a mercadoria cidade pequena.
Só compra muito cal o prefeito ou o padre da Paróquia local. Como não venderam
nada seguiram para Canto do Buriti. Os moleques iam a pé, os pais vez enquando
davam o animal para os filhos montar. Urbano revoltado brigava com o pai Carlindo
para conseguir dar o jumento a ele, que estava cansado da poeira da chapada Capim Grosso
a Tamboril. Em Tamboril no rancho tinham uns ciganos arranchados primeiro e
fizeram sujeira na única e preciosa cacimba de água.
Raimundo
Temista saiu no facão com dois ciganos jovens. Foi preciso Carlindo separar a briga
senão tinha saído morte. Um jumento dos ciganos sumiu e eles botaram a culpa em
Abel um negro que viajava alugado por Ângelo. Foi preciso ir falar com o delegado
de São João do Piauí que acabou com a questão. Os ciganos saíram perdendo a
causa por falta de prova. Vendido a cal e carregado de arroz, milho, farinha e rapadura
voltara para Baixão do Alvino e região.
Na
volta em Tamboril velho eles arrancharam debaixo de uma enorme figueira, única sombra
no sol de Agosto no Piauí. Nesse tempo, uma empresa pequena de ônibus de Canto
do Buriti, fazia linha com um caminhão e um ônibus velho para São Paulo. Uma mulher
de casa da figueira reclamou dos tropeiros tomarem toda sombra e deixarem os carros
no sol. Os motoristas do ônibus, quando eram meninos foram tropeiros, e sabiam
do sofrimento deles. Falaram que não
tinha problema logo seguiriam viagem e desejaram boa viagem aos valentes
tropeiros de Baixão do Alvino, Dom Inocêncio, Piaui.
Enfim
uma viagem de quase um mês concluída. Só aguardar a novena de São Raimundo Nonato,
31 de Agosto em São Pedro da Maria viúva.
ADAM
NHOZINHO
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