domingo, 12 de janeiro de 2020

GABRIEL, LAMPIÃO E PADRE CÍCERO.


No tempo do Padre Cícero Romão de Juazeiro Ceará, eram comuns romarias vindas de todo Nordeste. O sertanejo é muito religioso. Uma visitar ao padre santo do sofrido sertanejos castigados pelas secas.
Em 1926 saiu da região de São Raimundo Nonato interior uma grande romaria de ricos fazendeiros e pobres que tinham fé e foram cumprir promessa no Juazeiro de Padre Cícero.
Vou falar de alguns dos famosos que  Gabriel me contou certa vez. Capitão Deoclides, Alvino Soares, Romão de Assis pai de Tomás, Zé Pequeno de Poção, Manoel Joaquim de Santo Onofre. Pelos dos marotos: Auto, Plácido, Raimundo meu avô e Severo. De Salgado e Boa Vista, João Magalhães a mulher dele, Benedito, Félix, Gabriel e a mãe Querubina e  Maria irmã de Gabriel. Júlio Dias, o pai de seu Domingos Lopes e mais outros de Curral Novo, e o patrão e amigo de Gabriel Máximo de Moreira. O líder da romaria era Gabriel que já estivera com Padre Cícero em outra ocasião.
Gabriel disse que foi uma maravilha essa viagem com bons amigos a visitar mais uma vez o Padre Santo do povo sertanejo. Após cumprir a parte religiosa foram passear pela pequena cidade na época. Foram a um forró tocando pelo velho Januário e Luiz Gonzaga menino. Gabriel foi o astro da festa, pois batia pandeiro, cantava e dançava muito bem. Félix tocava sanfona pé de bode também  participou da festa.
Mas logo chegou o bando de Lampião e caíram na festa. Os capangas com fuzis, mas não mexiam com ninguém. Logo Lampião fez amizade com Gabriel e o convidou a entrar no bando, porém, Gabriel disse que tinha casado de novo no Piaui e não poderia. O Capitão Virgulino compreendeu. Todavia, gostou muitos dos piauienses bons de fará e gente alegre.
Gabriel contava isso e caia na risada. Não sei o motivo se foi verdade ou não nunca saberei dizer. Assim era o velho Gaby  um homem simples, no entanto, cheio de cultura sabença.

ADÃO NHOZINHO

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