No
tempo do Padre Cícero Romão de Juazeiro Ceará, eram comuns romarias vindas de todo
Nordeste. O sertanejo é muito religioso. Uma visitar ao padre santo do sofrido sertanejos
castigados pelas secas.
Em
1926 saiu da região de São Raimundo Nonato interior uma grande romaria de ricos
fazendeiros e pobres que tinham fé e foram cumprir promessa no Juazeiro de Padre
Cícero.
Vou
falar de alguns dos famosos que Gabriel
me contou certa vez. Capitão Deoclides, Alvino Soares, Romão de Assis pai de Tomás,
Zé Pequeno de Poção, Manoel Joaquim de Santo Onofre. Pelos dos marotos: Auto, Plácido,
Raimundo meu avô e Severo. De Salgado e Boa Vista, João Magalhães a mulher dele,
Benedito, Félix, Gabriel e a mãe Querubina e
Maria irmã de Gabriel. Júlio Dias, o pai de seu Domingos Lopes e mais outros de Curral Novo, e o patrão e amigo de Gabriel Máximo de Moreira. O
líder da romaria era Gabriel que já estivera com Padre Cícero em outra ocasião.
Gabriel
disse que foi uma maravilha essa viagem com bons amigos a visitar mais uma vez
o Padre Santo do povo sertanejo. Após cumprir a parte religiosa foram passear
pela pequena cidade na época. Foram a um forró tocando pelo velho Januário e Luiz
Gonzaga menino. Gabriel foi o astro da festa, pois batia pandeiro, cantava e dançava
muito bem. Félix tocava sanfona pé de bode também participou da festa.
Mas
logo chegou o bando de Lampião e caíram na festa. Os capangas com fuzis, mas
não mexiam com ninguém. Logo Lampião fez amizade com Gabriel e o convidou a entrar
no bando, porém, Gabriel disse que tinha casado de novo no Piaui e não poderia.
O Capitão Virgulino compreendeu. Todavia, gostou muitos dos piauienses bons de fará
e gente alegre.
Gabriel
contava isso e caia na risada. Não sei o motivo se foi verdade ou não nunca
saberei dizer. Assim era o velho Gaby um
homem simples, no entanto, cheio de cultura sabença.
ADÃO
NHOZINHO
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