Aprígio
meu tio avô casou com Luzia dos Costas e veio morar em Santo Onofre Dom Inocêncio.
Piauí lá gerou uma grande família, que hoje vemos até bandidos, mas têm muita
gente boa. Quando Aprígio casou com tia Pequena minha avó Maria era batizada. Pequena
mais velha dos filhos de Aprígio parecia ser da mesma idade que Dedé minha avó.
Tomava bênção e tinha um carinho especial pela tia jovem Maria Lina.
Pequena
casou com Plácido conhecido por Balaios. Há quem ache que isso vem de balaiadas
entre Maranhão e Piaui. Não tenho como discutir concordar discordar. Mas acho que
vem de baio cesto. Eles tiveram que eu saiba nove filhos cinco homens e quatro mulheres.
Educação rígida e o nome dos Aprígio era trabalho, progresso foi considerado
rico na base de muita transposição. Pequena batizou os caçulas com o nome dos
avôs Aprígio e Luzia que segundo fique sabendo já vão à sesta geração Luzia pelo
menos Luzia. Luzia neta e avó de Luzia do Manualzinho.
Aprígio
me contou que certa vez queriam ir a uma festança na casa de tia Maria minha
avó, mas só Mariano era “emancipado” ele, Manoel e Francisco só iriam se o
velho deixasse. Como Luzia era o xodó de Plácido eles pediram para ela chegar
ao pai, que os deixassem ir à festa. Plácido deixou, mas era para cedinho eles
já está em Santo Onofre para irem trabalhar nos Largos. Chegaram com o sol alto.
O velho estava fungando. Ele não era de muita conversa. Deram a bênção e nada
do velho os abençoar. Ficaram todos tristes, pois foram criados assim: com disciplina,
hierarquia e ordem. Aprígio Neto era um rapaz bonito, segundo,Neusa que fora
namorada de Aprígio ele quando jovem parecia Almir Sater. Não bebia, mas quando
a irmã Luzia morreu de parto ele passou a beber. Eu tinha um carinho especial
pelo primo que deixava eu pegar na
sanfona dele e nunca reclamou. Quem não saber tocar ‘Judeia’ do instrumento. Primo
Aprígio que Deus o tem onde for possível.
ADÃO
DA COMADRE RUFINA
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