quinta-feira, 25 de julho de 2019

APRÍGIO NETO, ALMIR SATER DO PIAUI.


Aprígio meu tio avô casou com Luzia dos Costas e veio morar em Santo Onofre Dom Inocêncio. Piauí lá gerou uma grande família, que hoje vemos até bandidos, mas têm muita gente boa. Quando Aprígio casou com tia Pequena minha avó Maria era batizada. Pequena mais velha dos filhos de Aprígio parecia ser da mesma idade que Dedé minha avó. Tomava bênção e tinha um carinho especial pela tia jovem Maria Lina.
Pequena casou com Plácido conhecido por Balaios. Há quem ache que isso vem de balaiadas entre Maranhão e Piaui. Não tenho como discutir concordar discordar. Mas acho que vem de baio cesto. Eles tiveram que eu saiba nove filhos cinco homens e quatro mulheres. Educação rígida e o nome dos Aprígio era trabalho, progresso foi considerado rico na base de muita transposição. Pequena batizou os caçulas com o nome dos avôs Aprígio e Luzia que segundo fique sabendo já vão à sesta geração Luzia pelo menos Luzia. Luzia neta e avó de Luzia do Manualzinho.
Aprígio me contou que certa vez queriam ir a uma festança na casa de tia Maria minha avó, mas só Mariano era “emancipado” ele, Manoel e Francisco só iriam se o velho deixasse. Como Luzia era o xodó de Plácido eles pediram para ela chegar ao pai, que os deixassem ir à festa. Plácido deixou, mas era para cedinho eles já está em Santo Onofre para irem trabalhar nos Largos. Chegaram com o sol alto. O velho estava fungando. Ele não era de muita conversa. Deram a bênção e nada do velho os abençoar. Ficaram todos tristes, pois foram criados assim: com disciplina, hierarquia e ordem. Aprígio Neto era um rapaz bonito, segundo,Neusa que fora namorada de Aprígio ele quando jovem parecia Almir Sater. Não bebia, mas quando a irmã Luzia morreu de parto ele passou a beber. Eu tinha um carinho especial pelo primo que deixava  eu pegar na sanfona dele e nunca reclamou. Quem não saber tocar ‘Judeia’ do instrumento. Primo Aprígio que Deus o tem onde for possível.

ADÃO DA COMADRE RUFINA

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