domingo, 6 de fevereiro de 2022
SANFONA QUE GEME NA SERA DAS ARARAS.
Ainda no tempo do batuque e improviso.
Um maroto tropeiro em uma feira em Picos Piauí viu uma sanfona oito baixos marca KOCH. Ele na intenção de aprender a tocar aquele lindo instrumento e de um som maravilhoso. Sem professor ele foi na (fé e fá ré e dó) até que conseguiu juntar notas e toca alguma coisa. Um dia desiludo da vida de tropeiro foi ao Sul, mas precisamente Paraná. Em terras sulinas pegou umas dicas com Pedro Raimundo, grande sanfoneiro de oito baixos e sanfona piano, teclas. Mas o sanfoneiro pegou e próprio estilo consagrando-se como sanfoneiro de todos os tipos de sanfonas.
Certa vez o Maroto esteve com Luis do Paulo no Piauí e o desafiou, para ver quem tinha uma melhor técnica musical. Mas Luís do Paulo era inimitável e parece que tinha pacto com o capiroto. O homem tocava diferente, improvisava coisas nunca antes vista por sanfoneiro algum. O maroto sanfoneiro voltou ao Sul onde era respeitado e tinha lindas serranas do sul. Vivia em festas por todo o Sul, Sudeste e Centro Oeste, em cima de um JEEP WILAIM 1954. Fora chamado para fazer um (Vanerão-pagode) no interior do RJ Volta Redonda. Quando voltava pela madrugada fria e riste passando pela Serra das Araras, como não conhecia as curavas da serra e caiu em um abismo. Acabou a vida do sanfoneiro piauiense–sulino, mas ainda hoje uma sanfona de oito baixos geme onde ele caiu. A mulher dele também chora no Paranazão.
Assim foi o tropeiro sanfoneiro do Piauí para o sul.
ADAM NHOZINHO
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