No
interior de Simplício Mendes Piauí no começo a século XX.
Viveu
um homem muito pobre que vivia de caçar, caçava de dia e de noite. Certa vez
ele pegou uma peba com dois filhotes matou a peba, mas criou os filhotes até poder
soltá-los onde os pegou, com a mãe, essa foi para panela. Passou um tempo e ele
já velho, mas continuava caçando. Em uma das caçadas ele foi mordido por um
cascavel e morreu perto de onde achou os “pebinhas”.
Sentiram
falta dele foram rastejar acham-no, mas já estava podre no meio de macambira fechada.
Enterram ali mesmo sem roupas, sem caixão como ele pedira em vida. Com sete
dias fizeram a visita de cova como era costume. Qual não foi a surpresa. Àqueles
pebas que o caçador comeu a mãe, mas salvou os filhotes, tinham aumentado para
27 pebas. Comeram o cadáver só deixando os ossos. Entre o povo da visita, tinha
um velho experiente nas coisas da vida. Ele relatou o que e porque aconteceu
aquilo.
Disse
o negro velho: à natureza cobra o que dela tiramos. Como ele foi caçado foi mordido
por uma cobra e os pebas completaram o serviço, nada de errado. Todos saíram da
mata fazendo o sinal da cruz com esse caso inusitado na cabeça. Dizem que o lugar
ficou mal assombrado, e que ninguém mais caçou naquela região.
Tentei
ser fiel ao que me contaram na vida de tropeiro até Simplício Mendes Piauí.
ADAM
NHOZINHO
Nenhum comentário:
Postar um comentário